14/01/2013

O ritmo do amor – o mimo é importante!


Catarina Rodrigues
Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta


Contemplar
O nascimento de um bebé suscita uma complexidade de sentimentos em todos os que o rodeiam, e não estou apenas a referir-me aos pais. Ninguém fica indiferente a um bebé, nem ao modo como os pais o tratam.
Para os pais pela primeira vez, que ainda não “provaram” a sua capacidade parental, os palpites, os conselhos, os reparos, as ideias dos outros são mais que muitos em relação ao modo como tratam e devem tratar o seu filho. Pode não ser fácil de gerir, sobretudo quando o cansaço do parto, a diminuição das hormonas do parto, a exigência emocional e física de um recém-nascido e a adaptação à parentalidade consomem parte substancial das energias dos pais.
A intenção de quem rodeia pode até ser a melhor, pode até nem ser com o objectivo de aconselhar ou de criticar os pais, pode ser simplesmente um comentário que se esboçou resultante de uma reflexão interna, pode ser uma partilha de como a pessoa fez em relação a um filho seu… Mas, e consoante a maior ou menor confiança dos pais em si mesmos e um no outro, do grau de exigência que têm para consigo mesmos e do grau de discernimento possibilitado pelo cansaço, e da importância que atribuem às pessoas que fazem tais comentários, estes podem ter um impacto significativo… e desgastar os recém-pais em argumentos e em pensamentos que os podem fazer sentir que se estão a defender e lhes podem suscitar dúvidas que não tinham… Sobretudo enchem-nos de ruído externo numa altura em que, penso eu, é necessário silêncio e carinho.
Acrescente-se que, quando estes comentários emergem da geração anterior (ou seja, dos pais dos recentes pais), antigos conflitos e antigas dinâmicas relacionais podem ressurgir e perturbar o delicado equilíbrio emocional em que os pais se encontram. Nomeadamente, conflitos relacionados com as falhas sentidas na sua relação mais precoce.
Efectivamente, existe, por um lado, uma identificação dos pais ao seu filho, o que os coloca em contacto com o seu lado bebé, reavivando a vivência das falhas da sua relação mais precoce. O que pode resultar numa menor tolerância face às atitudes parentais dos seus próprios pais em relação ao seu filho (isto é, ao neto dos seus pais), uma vez que estas vêm, de forma inconsciente e imediata, reavivar feridas antigas. O modo de ser avós em relação ao neto recorda o modo como estes se relacionaram com os recém-pais quando eram bebés e crianças. Aquilo que antes fora sentido, mas que não tinha uma mente suficientemente madura para ser pensado, elaborado e compreendido, é-o agora, ou pode sê-lo agora. E a consciência das falhas parentais traz uma maior compreensão de quem são os seus pais, mas também de quem se é. De como se tornou quem se é. Iluminam, pois, a história do próprio. E as suas próprias falhas. Que não deseja passar para o seu filho. Que deseja “corrigir” no filho. Ser diferente dos seus pais é, pois, criar um filho diferente de si mesmo. Através do modo como cuida do seu filho, o próprio está também a cuidar do bebé que permanece dentro de si e cujo desenvolvimento não se fez em pleno. Quando predomina um lado saudável nos pais, e a consciência das falhas da relação anterior, estes desejam que o seu cuidar possa ser diferente e permitir que o seu filho cresça melhor e se concretize de forma mais plena no futuro.
E, por outro lado, uma identificação ao seu novo papel, o que implica deixar o seu papel de filhos (e, por isso, estar menos receptivo aos “cuidados” dos seus pais) e assumir o seu novo papel – ser mãe/pai – e pensar de forma independente e autónoma. Sobretudo, cada vez mais de acordo com o seu próprio pensamento.
Estar com uma família recente deveria ser um momento sobretudo de contemplação. Contemplar os pais e seu bebé no acto mágico de afinarem, tão precocemente, uma música de amor. Invadidos por tantas emoções, dúvidas e medos, os recentes pais necessitam de silêncio para serem capazes de discernir finamente os ritmos da música que começou a tocar nas suas mentes logo que olharam e pegaram no seu bebé. Ritmos que inicialmente pareceram emergir de instrumentos algo desafinados ou de som longínquo, difícil ainda de entender. Faz parte do desconhecimento de um primeiro contacto e da inexperiência! Para que os pais os consigam ouvir mais distintamente precisam de estar em contacto íntimo consigo mesmos e com o seu bebé. É nesta tríade que se encontra toda a sabedoria. São momentos em que todos os elementos se contemplam e vão reconhecendo as características, as necessidades e os comportamentos únicos de cada um.
Excepção feita aos pedidos directos de ajuda dos recentes pais, só mais tarde é que os “ensinamentos” do exterior podem ser importantes/relevantes. Este é o momento por excelência de contemplação: do recém-nascido e de seus pais.

Seguindo o ritmo do bebé – o mimo é importante!
Após este prelúdio, gostava de refletir convosco sobre a questão do mimo e da independência. Uma questão que surgiu da minha experiência pessoal de recente mãe e que me parece ser aquela que mais “invade” a tríade.
As questões sobre a independência e autonomia do bebé suscitam debates apaixonados entre aqueles que acham que o mimo cria “manha”, senão mesmo um bebé ditador, e que tem consequências ao nível da capacidade de autonomia futura, e aqueles que consideram o mimo como um modo natural de relação com o bebé e que é este que constitui a base onde assenta o crescimento para a independência e autonomia.
Sempre me considerei pertencente ao segundo grupo de opinião e desde há muito que me interrogo do porquê desta exigência face aos bebés. Agora, por ser mãe recente, estas interrogações ganham redobrada força e novas reflexões.
Diante da tríade pai/mãe-bebé, é comum ouvir-se: «Não dês tanto colo. O bebé fica mimado e cheio de manha e não vai querer outra coisa. E é mau para o seu desenvolvimento». Mas sê-lo-á efectivamente? Que estudos científicos comprovam que o colo, na fase mais precoce do ser humano, prejudica o seu desenvolvimento? Que exemplos temos de crianças-problema que tenham “sofrido” do dito “colo a mais” em bebés?
Da minha experiência, leituras e reflexão, as patologias e as perturbações emocionais do desenvolvimento surgem em reacção a um quadro de relações precoces problemáticas, onde faltou uma relação de amor clara, inequívoca, mútua, generosa e caracterizada pelo respeito (incluindo o respeito pelo ritmo do bebé), reconhecimento da individualidade e das potencialidades da pessoa.
É disso que nos falam as pessoas que procuram a relação terapêutica: de como não se sentiram amadas, reconhecidas e valorizadas. Não se sentiram preferidas, especiais para os seus pais. Ou seja, alvo de um amor que projecta os filhos num futuro de concretização e de orgulho. De como sentiram que as suas necessidades não foram bem entendidas e de como isso lhes coartou a espontaneidade da sua relação com os outros.
Ora, o papel dos pais desvela-se na disponibilidade para a construção de uma relação de intimidade, assente na observação atenta e sensível do seu filho, procurando que as suas respostas sejam contingentes, adequadas e empáticas às necessidades e competências daquele. E para tal, basta estar atento ao bebé e levar a sério as suas manifestações. Ou seja, considerá-las como comunicação relacional.
O choro e o comportamento corporal nos bebés são meios de comunicação de alguém que ainda não tem capacidade de pensar-se e de falar. Por isso, porque alguns insistem que se deve deixar um bebé a chorar («Deixa chorar o bebé. O choro é normal nos bebés»)? Porque se deixa essa comunicação ficar sem resposta? Ninguém gosta de ficar a falar sozinho… Partilho a ideia de que o choro e o comportamento corporal têm significado relacional e que é função dos pais procurar descodificar e significar através da resposta adequada. O bebé ao chorar está a comunicar com os meios que conhece e estão ao seu alcance. Está a falar na linguagem que lhe é própria.
Ou seja, desde que nasce e começa a sua relação com os seus cuidadores preferenciais, normalmente os pais, o bebé inicia o seu processo de comunicação e de adaptação ao estilo de comunicação e de cuidado que esses cuidadores lhe oferecem. Trata-se de um comportamento geneticamente definido e cuja relação com outros humanos molda e potencia. Efectivamente, somos seres sociais e, desde que nascemos, procuramos a relação com outros humanos. É nessa relação que nos sentimos amados, entendidos, desafiados e que aprendemos e crescemos como seres humanos de pleno direito.
O recém-nascido apresenta, pois, um repertório comportamental que estabelece a ponte entre si mesmo e os outros humanos, preferencialmente os seus cuidadores, salientando-se o choro, o modo como molda o seu corpo ao cuidador, a exploração que faz com as mãos, e alguns sons que emite e que transmitem mal-estar/bem-estar ou até mesmo reconhecimento do seu cuidador.
Não considero, pois, que o recém-nascido esteja num estado de indiferenciação e que não reconheça o meio exterior como tal ou que viva num estado simbiótico e fusional. Penso que o bebé, desde que nasce, percepciona-se, ainda de uma forma imatura, a si mesmo e ao outro, nomeadamente os seus cuidadores, relativamente a quem tem uma atenção prolongada e diferenciada desde o momento do nascimento.
Efectivamente, depois de nascer e quando é colocado ao colo da mãe, o bebé passa bastante tempo olhando para a mãe e cheirando-a (sublinhando-se que o olfacto é um dos sentidos mais antigos que possuímos). Ele reconhece a mãe pelo tom de voz. Este é um pouco diferente daquele que ouvia no útero, mas a cadência do discurso é a mesma. Agora, decora o seu rosto, o seu cheiro, molda-se ao seu colo. A mãe sente-se scanerizada e está ela própria num estado de vigília invulgar (devido às hormonas libertadas no parto), incapaz de desviar o olhar do seu bebé, em relação a quem decora todos os traços e em relação a quem procura perceber as suas necessidades, “adivinhando-as” no seu comportamento.
Para os estudiosos da relação mais precoce, e validado por muitos pais, o bebé é um parceiro visivelmente activo na relação com os seus pais, manifestando uma série de comportamentos que procuram comunicar as suas necessidades fisiológicas e emocionais (ainda no útero, já esta comunicação se adivinha: o bebé reage às vozes dos pais e à estimulação táctil na barriga). Comunicação biologicamente determinada, pois dela depende a sobrevivência (não é por acaso que a sabedoria popular diz: «Bebé que não chora, não mama»), e cujas características se vão firmando na interacção bebé-pais, pois é nesta interacção que ganham sentido. Ou seja, o bebé aprende com as respostas que os pais lhe dão às suas necessidades e competências. E assim se constitui pessoa!
Ora, o que torna os pais únicos é a qualidade do amor que sentem pelos filhos. Não tenho qualquer pretensão em definir essa qualidade do amor, muito menos de opinar sobre o que é o amor ou quais as formas “certas” de amar. Existem comportamentos espontâneos do adulto que conferem ao bebé a certeza de ser amado. Um deles é o mimo, na medida em que por mimo se entende gestos de carinho, cuidado e protecção que resultam de um coração cheio de amor face àquele que amamos. Um amor que a sabedoria popular classifica como laço de sangue e lhe confere uma qualidade distintiva no trato que se dá ao bebé. Este laço de sangue, laço geneticamente enraizado, transforma o olhar dirigido ao bebé (não é um bebé qualquer; é o meu filho, é uma parte de mim e de mim depende a sua sobrevivência) e inunda os pais de uma imensa disponibilidade para amar.
Diante de um bebé, seja ele recém-nascido ou já não, é natural, por parte do adulto, a reacção de o agarrar, tocar, embalar, olhar/observar, contemplar, mimar, sobretudo se for pai desse bebé. Não se trata apenas de uma reacção espontânea de amor face ao bebé, trata-se também de uma resposta complementar ao comportamento do bebé, nomeadamente o choro. Com efeito, quando o bebé chora, os pais têm o impulso natural de lhe pegar e envolver. Quando penso nisso, constato a maravilhosa complexidade e sabedoria da natureza: à imaturidade do bebé corresponde a resposta natural do adulto em agarrar, cuidar, acalmar, ensinar.
Quem sabe qual a boa dose de mimo? Aquela dose suficiente, que bem responde às necessidades de segurança, carinho, aconchego, conforto, proximidade física e emocional do bebé? Não sei se alguém sabe, mas a maioria das pessoas afirma “saber” que a “dose” dada pelos pais é a mais. O mimo parece sempre ser em dose demasiada… Desde que nasce, e às vezes ainda antes, o bebé, pela interposta pessoa dos seus pais, é confrontado com uma série de ditames que afirmam que deve ser o mais rapidamente possível auto-suficiente, autónomo, responsável e sério.
Porque exigimos tanto dos bebés? E de seus pais? Porque se pretende que a resposta espontânea e natural dos pais não seja a mais adequada ao bebé?
Neste sentido, será que a questão do mimo deverá centrar-se no quanto (quanto mimo) ou no quando (até quando o bebé precisa deste tipo de mimo) ou/e no tipo de mimo (de que tipo de amor estamos a falar)? Questões que só por si exigiriam um outro artigo… Realizarei neste artigo uma primeira reflexão a esta temática.

O ritmo do amor não tem regras pré-determinadas e fixas
Após o parto e durante um tempo dificilmente definível por alguém do exterior, mãe e recém-nascido querem, precisam, estar juntos, em íntimo contacto pele a pele. Prolongam a simbiose que conheciam quando aquele bebé estava no útero materno. A separação, normalmente, é sofrida para ambos. Para a mãe, é bom, volvidos 9 meses, ter o seu bebé ao colo e poder tocar-lhe e transmitir-lhe, através do seu toque, do seu olhar, da ternura na sua voz, o quanto o ama. Para o bebé, estar no colo da mãe, sentindo-a, cheirando-a e olhando-a, confere um sentimento de continuidade à sua vivência. Esteve toda a sua vida unido intimamente àquela pessoa, ela é toda a realidade que conhece, que manter-se perto dela confere segurança, confere um sentimento de continuidade na sua experiência de vida.
Neste sentido, questiono-me porque tanto se culpabilizam as mães e os pais por quererem ter os seus filhos recém-nascidos “24 horas” perto de si e nos seus braços. Não se trata, a meu ver, de um perigo para a independência do bebé; trata-se, sim, de um comportamento sensível por parte dos pais, que mantêm coerente e una a experiência do bebé que acabou de sair do útero de sua mãe e que se sente perdido longe da mãe e do pai. E esta necessidade mantém-se, ainda que com gradações diferentes, ao longo do percurso de deixar de ser bebé e tornar-se criança.
Esta necessidade justifica-se, em meu entender, pelo facto de mãe e pai funcionarem como “prolongamentos” do bebé. Incapaz de suprir sozinho as suas necessidades, o bebé chama os pais. E chama-os porque tem fome, porque tem sono, porque tem frio/calor, porque quer conforto, porque quer carinho, quer companhia. Quando nasce, todas estas sensações são avassaladoras e intensas. O bebé não as consegue ainda regular. De modo que pode chamar os pais a todo o instante, acalmando-se quando no colo. É a presença efectiva e afectiva dos pais que lhe traz o sentimento de segurança e de confiança. O recém-nascido verifica que os pais respondem às suas necessidades, trazem-lhe a certeza de não estar sozinho. Por outro lado, sente-se tranquilo com o seu tom de voz, o quente do seu corpo e o ritmo do bater do seu coração (bem conhecido no que diz respeito ao da mãe).
Pode ser uma fase bastante exigente para os pais, sobretudo para a mãe, se o bebé estiver a ser amamentado. Eu recordo-me que, no 1º mês de vida da minha filha, a minha presença era necessária quase constantemente. Lembro-me bem de como isso pode ser esgotante para uma mãe, pois não consegue descansar. Mas também de como não se consegue agir de outra forma, pois o apelo do bebé é muito forte. E isto não significa que este seja um ditador ou mesmo manipulador. Significa, sim, que se exprime bem e que descansa quando reconhecem e respondem às suas necessidades. Não é o que sucede connosco, adultos? Na ausência da boa e adequada resposta, fica a frustração, a decepção… e o desenvolvimento fica em suspenso, à espera… Afinal, recém-nascidos, bebés, crianças, adolescentes ou adultos, homens ou mulheres, somos todos pessoas. E a necessidade de resposta afectiva, sensível e contingente às nossas necessidades é transversal ao ser humano.
E é esta resposta pronta e afectiva que vai ajudando o bebé a regular-se e a transitar do ciclo uterino para o ciclo da vida no exterior. E é neste respeito pelo ritmo do bebé que a independência e a autonomia vão acontecendo. Reconhecendo que aquele bebé já é uma pessoa.
É, pois, minha opinião que os pais se devem regular pelo ritmo do seu filho. Esse é o ritmo do amor. Não há dois bebés iguais. Não há duas pessoas com necessidades iguais. Mas uma necessidade todos temos enquanto seres humanos: crescer. E para isso, necessitamos sentirmo-nos amados, reconhecidos e respeitados e que é no seio desse amor que nos sentimos estimulados e incentivados a crescer!
Os pais emocionalmente disponíveis intuem/sabem quando é necessária a sua presença junto do seu bebé. Sabem-no porque conhecem bem as suas necessidades, atentos que estão a ele desde que nasceu, mas também porque observam e constatam as suas capacidades crescentes. É este o ritmo do crescimento: da base parental para o mundo. E este ritmo é específico de cada bebé, sem comparações, culpabilizações ou desvalorizações. Se se olhar para a especificidade de cada um, apenas podemos ver as suas conquistas com orgulho e alegria!
 Assim, o desafio é estar disponível emocionalmente para se sentir e “ouvir” as necessidades e as competências específicas daquele bebé. E não há pessoas melhores para o entenderem do que os pais. Porque são as pessoas que mais amam aquele bebé, porque estão com ele 24h por dia, porque, com sensibilidade, são as pessoas que vão descodificando o ritmo de crescimento do seu filho, que vão notando os seus “imensos” progressos e mudanças desde que nasce e o estimulam de forma sensível e contingente às suas competências.
É certo que faz parte da nossa natureza, enquanto seres humanos, procurar padrões. A capacidade que temos de o fazer, ajuda-nos a analisar situações, prever o seu desenvolvimento, antecipar ocorrências. Mas esse é um paradigma do pensamento que se está a alterar, cada vez mais compreendendo-se que a relação humana é dinâmica, sistémica e, essencialmente, complexa. O que serve para uma tríade, pode não servir para outra. Há que se ser sensível e contingente às diferenças que surgem com cada filho, que sofrem a influência do contexto actual da vida da tríade e da vida pessoal de cada um dos elementos. É, pois, difícil falar de padrões. É difícil dizer que se deve fazer assim ou de outra forma. Depende. Depende daquele bebé e das circunstâncias que rodeiam a família nos momentos que vão colorindo a sua vida.
No fundo, seguir o ritmo do amor é dar-se a si mesmo por inteiro à relação com aquele bebé. Dar-se de uma forma inteira e plena, sem normas, nem constrangimentos – como nos damos quando estamos apaixonados! Quem “dita” as regras é quem está na relação; não quem está de fora. Esses normalmente são para ser contrariados!

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